Convivi cerca de um mês com um grupo cuja forma de lidar com o próprio corpo envolve elementos comumente tratados em separado: dor e satisfação. Os sero-Dahlam não são uma tribo de laços étnicos, mas de hábitos, a qual tem crescido por todo o mundo desde a segunda metade do século XX. Possuem práticas surpreendentes de autoflagelação e sadismo.
Entre os sero-Dahlam, há indivíduos do sexo feminino e do masculino, jovens e idosos, embora essa última faixa etária seja encontrada com mais dificuldade. Eles se reúnem com frequência variada em templos espalhados pelas cidades. As metrópolos possuem vários, enquanto as cidades pequenas nem tantos, mas é incrível a proliferação desses santuários da dor nas últimas décadas.
Alguns membros vão sozinhos, outros em bando. Dentro dos templos, uma infinidade de máquinas e acessórios que auxiliam o autoflagelo. Há alguns Dahlam pertencentes a uma casta superior. São eles quem enumeram as lições de tortura e vigiam os membros. Se o praticante não estiver cumprindo a lição a rigor, eles gritam, provocam, intimidam ou seduzem a fim de que o indivíduo finalize todo o ritual.
Existem dezenas de tipos diferentes de rituais. Em um deles, as mulheres Dahlam amarram receptáculos de areia nos braços e pernas. Algumas realizam danças específicas, frenéticas, com os recipientes presos ao corpo; outras erguem blocos de chumbo até a exaustão total. Às vezes, em uma espécie de castigo consentido, elas oferecem ajuda entre si para que os receptáculos sejam encaixados com exatidão.
Há diversas máquinas no interior dos santuários Dahlam. Algumas contorcem o corpo, outras servem de apoio para os blocos de chumbo. Há máquinas específicas para ferir braços, pernas, tórax, costas. A maioria dos Dahlam só deixa o templo ao sofrer lesões pelo corpo inteiro. A dor não é o limite: mesmo abatendo-se com os rituais, eles retornam dia após dia para se agredir e ver os outros se agredirem. A excentricidade dos rituais de corpo dos sero-Dahlam assemelha-se à da tribo Nacirema, estudada por Horace Minner.
Alguns pesquisadores creem que os sero-Dahlam obtêm prazer com os rituais sádicos, uma vez que os indivíduos não comparecem aos templos por coerção. Em seis meses de observação, notei que os rituais fazem com que os corpos dos Dahlam se deformem com o passar do tempo; em alguns casos, ficam horripilantes de tão inchados. Contraditoriamente, eles se vangloriam da deformidade. Quanto mais o corpo for avolumado ou dilatado, mais atração exercem no indivíduo do sexo oposto.
Alguns membros vão sozinhos, outros em bando. Dentro dos templos, uma infinidade de máquinas e acessórios que auxiliam o autoflagelo. Há alguns Dahlam pertencentes a uma casta superior. São eles quem enumeram as lições de tortura e vigiam os membros. Se o praticante não estiver cumprindo a lição a rigor, eles gritam, provocam, intimidam ou seduzem a fim de que o indivíduo finalize todo o ritual.
Existem dezenas de tipos diferentes de rituais. Em um deles, as mulheres Dahlam amarram receptáculos de areia nos braços e pernas. Algumas realizam danças específicas, frenéticas, com os recipientes presos ao corpo; outras erguem blocos de chumbo até a exaustão total. Às vezes, em uma espécie de castigo consentido, elas oferecem ajuda entre si para que os receptáculos sejam encaixados com exatidão.
Há diversas máquinas no interior dos santuários Dahlam. Algumas contorcem o corpo, outras servem de apoio para os blocos de chumbo. Há máquinas específicas para ferir braços, pernas, tórax, costas. A maioria dos Dahlam só deixa o templo ao sofrer lesões pelo corpo inteiro. A dor não é o limite: mesmo abatendo-se com os rituais, eles retornam dia após dia para se agredir e ver os outros se agredirem. A excentricidade dos rituais de corpo dos sero-Dahlam assemelha-se à da tribo Nacirema, estudada por Horace Minner.
Alguns pesquisadores creem que os sero-Dahlam obtêm prazer com os rituais sádicos, uma vez que os indivíduos não comparecem aos templos por coerção. Em seis meses de observação, notei que os rituais fazem com que os corpos dos Dahlam se deformem com o passar do tempo; em alguns casos, ficam horripilantes de tão inchados. Contraditoriamente, eles se vangloriam da deformidade. Quanto mais o corpo for avolumado ou dilatado, mais atração exercem no indivíduo do sexo oposto.
4 comentários:
iaê xará, curti muito o blog; e to seguindo. HAOSAOSHAOSHAS, enfim. ducaramba
vc deixou seu professor de antropologia mto orgulhoso! parabens
E pensar que essa tribo excêntrica é o referencial de nossa cultura civilizada...
Parabéns pelo texto Paulo!
Seu blog está excelente!
Galerinha excêntrica essa, não?
Eu não curto muito esse lance de autoflagelação. E não entendo os motivos que levam as pessoas a fazerem isso.
ótimo post.
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